O causo do
Chinxa Goda:
Tem cabra que finge
não saber
Só para não ficar de
mau humor
Que sua dona
pula cerca
Que
é grande o que está na cabeça
O que só mudo já não
comentou
O protagonista desse causo
É um desses que finge
não saber
Que da esposa é traído
Até para não perder
amigo
Assim ele prefere
viver
Numa cidade pacata do
interior
Dono de uma barbearia
Chinxa Goda morava
Pouco cabelo o moço
cortava
Mas muita fofoca fazia
Por sinal sua dona
era vistosa
Cobiçada pelos moços
da cidade
E o Chinxa tinha
orgulho de falar
que de chifre não precisava se preocupar
Pois a sua
esposa tinha por ele fidelidade
Seu Germano dono da banca de jornal
Ficou de mau com o barbeiro
É que o povo jornal
deixaram de comprar
Só pra ouvir Chinxa falar
As fofocas do povoado
inteiro
Rufino e Zé de Mococa
Neto
Do Cinxa eram mensageiros
Feito reportes fofoca
os dois procurava
Também barba e cabelo
não pagava
Valor do trabalho dos
sujeitos
Certo dia antes do
escurecer
Chinxa decidiu fechar a barbearia
mal imaginava o velho
cabra
a cena que iria ver
em sua casa
da esposa com o seu
Farias
do povoado o seu
Farias era encanador
quando o Chinxa abriu
a porta de casa
tu nem imagina o que
acontecia
nua nos braços do seu
Farias
a sua senhora estava
dona Girlambé então falou:
Chinxa quase que eu
morria afogada
Se não fosse o Farias ter chegado
Meu corpo já estava
sendo velado
Pois a banheira
entupida estava
Minha sorte foi que
meu celular estava próximo
Então liguei para o
Farias encanador
Mas agora tudo já foi
resolvido
Vem me pegar no colo
meu marido
E vê quanto o serviço
custou
O Chinxa respondeu para a Girlambé:
Me orgulho da sua
eficiência
O seu Farias quanto foi o trabalho
Do senhor ter sido
incomodado
Para vim até a minha
residência?
Seu Farias com a cara
de pau respondeu:
Pela primeira vez o
serviço é de graça
Agora é tarde tenho
que parti
Fiquem bem vocês aqui
Se precisar outra vez
aí tu me paga
Certo vez o Rufino
trouxe uma fofoca
Que envolvia Beto um
vereador
Disse ele ao Chinxa
Goda
Que do Beto a esposa
Chamegava com um
velho professor
O professor era o
velho Benedito
Por sinal cabra honesto e de respeito
O Chinxa o velho
barbeiro teve a frieza
De fofocar por toda a
redondeza
Que o seu Benedito
era um mal sujeito
Que saía com as
mulher do próximo
Como a esposa do Beto
o vereador
E Que o velho tinha
uma eficiência
Pelo seu tempo de experiência
De mulher nova ser um
cantador
Na verdade era
mentira e calunia pura
Independente o Chinxa
pouco importava
O que ele mais queria
fazer
Era o seu ego
satisfazer
E vê a briga que o
casal brigava
Seu Sebastião da venda de bijú
Foi até a barbearia
do Chinxa e falou:
Compadre é
envergonhoso mas vou falar
Ontem Girlambé com zulu num bar
Esse meu par de olhos
avistou
Seu menino o Chinxa
ficou muito arretado
E expulsou o Sebastião da barbearia
Fez questão de falar
alto para o povo ouvir
Esposa igual a dele
ainda está pra existir
E em Girlambé ele
muito confia
Teve um dia que ele
sentindo uma forte dor de cabeça
Mais cedo para sua
casa tomou destino
Quando abriu a porta
do quarto e avistou
Girlambé pelada
com o seu Anestor
O cabra quase
infartou seu menino
Ligeira feito um tiro
de espingarda
A dona pra ele foi
dando explicação:
mô eu tive uma febre arretada
Que fui obrigada a
ficar pelada
Para tomar mais de
uma ingeção
Liguei para a
farmácia do Anestor
E por telefone contei a ele o que acontecia
O jeito foi ele vim
me atender em casa
Fui ficando nua
enquanto ele aplicava
Injeção por todo meu
corpo se não eu morria
mas agora por
incrível a febre passou
mô vê quanto foi pelo
serviço a conta
pois tenho que me
apressar meu benzinho
se não o mocotó não
cozinho
em fim a janta não
fica pronta
Chinxa Goda sacou do
bolço a carteira
E disse para o
Anestor quanto tinha que pagar
O Anestor cinicamente respondeu:
Não custa nada pra
você que é amigo meu
Se fosse outro eu
iria cobrar
O Chinxa era um
corno conformado
Se fazia de cego para
não enxergar
De Girlambé toda a
infidelidade
Com ele que toda a
cidade
Outra coisa não fazia
comentar
O Zé de Mococa Neto
seu mensageiro
Certa vez trouxe a
ele uma fofoca
Disse que a dona Bia
do seu Joaquim
Lá pras bandas do Bom
fim
Chamegava com seu
Maróca
No outro dia a
noticia se espalhou
É claro que em
outra versão
Sem piedade o Chinxa assim
comentou:
Dona Bia do Joaquim
se apartou
Para viver com um
certo cidadão
Essa fofoca deu um
rebuliço na região
Que para não ter que
toda hora escutar
O seu Joaquim arrumou
a mala
De noitinha sumiu de
casa
e foi para outro canto morar
a feira da cidade era
no Domingo
lugar que Girlambé gostava de desfilar
com suas roupas atraentes
que fazia na feira
muita gente
em pedras no caminho
tropicar
da capital da cidade
um dia
pela redondeza
apareceu
um jovem comerciante
de carros
que se chamava
Antonio Carlos
e na feira ele
Girlambé conheceu
a dona de saia curta
pra cima dos joelhos
foi cantada e também
cantou
não deu outra você já
sabe no que deu
a dona para o rapaz
se ofereceu
e para a sua casa o
moço ela levou
para fazer o que nem preciso contar
o chinxa foi até em
casa buscar um documento
quando vil a cena na
sala da casa
a sua esposa com o
moço agarrada
sem duvida não perdeu
ele o tempo
pediu para
Girlambé explicação do que ocorria
a dona que em mentir
era bacharel
ligeiramente ao
esposo deu a explicação:
mô fique calmo esse jovem cidadão
do exercito é um coronel
e no seu oficio um fato ele investiga
uma joia rara sumiu
do seu batalhão
como o meu anel era
muito parecido
ele teve que vim em
casa comigo
para minuciosamente
fazer a investigação
e para confirmar se
eu não escondia o anel
eu tive que tirar
toda a minha roupa
mas como nada ele
encontrou
sabe o que ele vai
fazer amor
na cidade vai a
procura de outra
até a dor de cabeça
do Chinxa desapareceu
do orgulho da suposta
honestidade de Girlambé
para o jovem ele foi
e falou:
essa dona é meu
orgulho senhor
a maõ no fogo por ele
eu ponho se alguém quiser
o moço fez o sinal da
cruz
do milagre que
ele viu acontecer
é que no seu intimo
ele tinha a convicção
que na quele dia então
com certeza ele iria
morrer
feito um raio ligeiro
da casa o moço sumiu
enquanto sorrindo o
Chinxa beijava a esposa
o causo parece até
ser mentiroso
mas tem corno que se
sente orgulhoso
com esse e
outros tipo de coisa
para não cansar o
amigo leitor
o causo aqui vou
encurtar
o fim quem tem
sentimento sente
o que já sentiu muita
gente
tristeza e vontade de
chorar
certo dia andando
pela cidade
Chinxa Goda com o que
viu quase infartou
Viu sua esposa de
boca colada
Com o filho do
seu José da estrafda
Que muitas vezes o
cabelo do moço cortou
Voltou para o salão e
se armou
Pois ele um trinta e
oito na cintura
e foi até os
dois e disse:
rapaz o que tu faz é
tolice
cavou hoje a sua
sepultura
Essa é minha esposa e
você não me respeitou
Infelizmente tenho que
te matar
Eu sei que a situação
vai ficar feia
Mas eu preso Girlambé
na cadeia
Não vai deixar de
me visitar
Matou o caboclo e o
cabra foi preso
Na delegacia do
delegado Germano
Girlambé não deixava
de fazer
Pode amigo acreditar
você
O Chinxa ela visitava
uma vez por ano!
Tem cada uma que parece duas
Que é difícil até de acreditar
Mas independente do
caso que for
Para informar ao caro
leitor
Não perco tempo para
contar!
“Fim”
Poema: O causo do
Chinxa Goda.
Poeta: Jose Severino
da silva neto,
Data: 18/01/2013.
Fone para
contatos: ( 55)031 11 69429975.(oi)
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