domingo, 20 de janeiro de 2013

Meu poema do dia: O causo do Chinxa Goda.


O causo do Chinxa Goda:

Tem cabra que finge não saber
Só para não ficar de mau humor
Que sua dona pula  cerca
Que é grande o que está na cabeça
O que só mudo já não comentou

O protagonista  desse causo
É um desses que finge não saber
Que da esposa é traído
Até para não perder amigo
Assim ele prefere viver

Numa cidade pacata do interior
Dono de uma barbearia
Chinxa  Goda morava
Pouco cabelo o moço cortava
Mas muita fofoca  fazia

Por sinal sua dona era vistosa
Cobiçada pelos moços da cidade
E o Chinxa tinha orgulho de falar
que  de chifre não precisava se preocupar
Pois a sua esposa  tinha por ele fidelidade
Seu  Germano dono da banca de jornal
Ficou  de mau com o barbeiro
É que o povo jornal deixaram de comprar
Só  pra ouvir Chinxa falar
As fofocas do povoado inteiro

Rufino e Zé de Mococa Neto
Do Cinxa eram  mensageiros
Feito reportes fofoca os dois procurava
Também barba e cabelo não pagava
Valor do trabalho dos sujeitos

Certo dia antes do escurecer
Chinxa  decidiu fechar  a barbearia
mal imaginava o velho cabra
a cena que iria ver em sua casa
da esposa com o seu Farias

do povoado o seu Farias era encanador
quando o Chinxa abriu a porta de casa
tu nem imagina o que acontecia
nua nos braços do seu Farias
a sua senhora estava

dona Girlambé  então falou:
Chinxa quase que eu morria afogada
Se não  fosse o Farias ter chegado
Meu corpo já estava sendo velado
Pois a banheira entupida estava

Minha sorte foi que meu celular estava próximo
Então liguei para o Farias encanador
Mas agora tudo já foi resolvido
Vem me pegar no colo meu marido
E vê quanto o serviço custou

O Chinxa  respondeu para a Girlambé:
Me orgulho da sua eficiência
O  seu Farias quanto foi o trabalho
Do senhor ter sido incomodado
Para vim até a minha residência?

Seu Farias com a cara de pau respondeu:
Pela primeira vez o serviço é de graça
Agora é tarde tenho que  parti
Fiquem bem vocês aqui
Se precisar outra vez aí tu me paga

Certo vez o Rufino trouxe uma fofoca
Que envolvia Beto um vereador
Disse ele ao Chinxa Goda
Que do  Beto a esposa
Chamegava com um velho professor

O professor era o velho Benedito
Por sinal  cabra honesto e de respeito
O Chinxa o velho barbeiro teve  a frieza
De fofocar por toda a redondeza
Que o seu Benedito era um mal sujeito

Que saía com as mulher do próximo
Como a esposa do Beto o vereador
E Que o velho tinha uma eficiência
Pelo seu  tempo de experiência
De mulher nova ser um cantador

Na verdade era mentira e calunia pura
Independente o Chinxa pouco  importava
O que ele mais queria fazer
Era o seu ego satisfazer
E vê a briga que o casal brigava

Seu  Sebastião da venda de bijú
Foi até a barbearia do Chinxa e falou:
Compadre é envergonhoso mas vou falar
Ontem  Girlambé com zulu num bar
Esse meu par de olhos avistou

Seu menino o Chinxa ficou muito arretado
E expulsou  o Sebastião da barbearia
Fez questão de falar alto para o povo ouvir
Esposa igual a dele ainda está pra existir
E em Girlambé ele muito confia

Teve um dia que ele sentindo uma forte dor de cabeça
Mais cedo para sua casa tomou destino
Quando abriu a porta do quarto e avistou
Girlambé  pelada  com o seu  Anestor
O cabra quase infartou seu menino

Ligeira feito um tiro de espingarda
A dona pra ele foi dando explicação:
mô  eu tive uma febre arretada
Que fui obrigada a ficar pelada
Para tomar mais de uma ingeção

Liguei para a farmácia do Anestor
E por telefone  contei a ele o que acontecia
O jeito foi ele vim me atender em casa
Fui ficando nua enquanto ele aplicava
Injeção por todo meu corpo se não eu morria

mas agora por incrível  a febre passou
mô vê quanto foi pelo serviço a conta
pois tenho que me apressar meu benzinho
se não o mocotó não cozinho
em fim a janta não fica pronta

Chinxa Goda sacou do bolço a carteira
E disse para o Anestor quanto tinha que pagar
O Anestor  cinicamente respondeu:
Não custa nada pra você que é amigo meu
Se fosse outro eu iria cobrar

O Chinxa  era um  corno  conformado
Se fazia de cego para não enxergar
De Girlambé toda a infidelidade
Com ele que toda a cidade
Outra coisa não fazia comentar

O Zé de Mococa Neto seu mensageiro
Certa vez trouxe a ele uma fofoca
Disse que a dona Bia do seu Joaquim
Lá pras bandas do Bom fim
Chamegava com seu Maróca

No outro dia a noticia se espalhou
É claro que em outra  versão
Sem  piedade o Chinxa  assim  comentou:
Dona Bia do Joaquim se apartou
Para viver com um certo cidadão

Essa fofoca deu um rebuliço na região
Que para não ter que toda hora escutar
O seu Joaquim arrumou a mala
De noitinha sumiu de casa
e   foi para outro canto morar

a feira da cidade era no Domingo
lugar que Girlambé  gostava de desfilar
com suas  roupas atraentes
que fazia na feira muita gente
em pedras no caminho tropicar

da capital da cidade um dia
pela redondeza apareceu
um jovem comerciante de carros
que se chamava Antonio Carlos
e na feira ele Girlambé conheceu

a dona de saia curta pra cima dos joelhos
foi cantada e também cantou
não deu outra você já sabe no que deu
a dona para o rapaz se ofereceu
e para a sua casa o moço ela levou

para  fazer o que nem preciso contar
o chinxa foi até em casa buscar um documento
quando vil a cena na sala da casa
a sua esposa com o moço agarrada
sem duvida não perdeu ele o tempo

pediu para Girlambé  explicação do que ocorria
a dona que em  mentir  era bacharel
ligeiramente ao esposo deu a   explicação:
mô fique calmo esse  jovem cidadão
do exercito é  um coronel

e no seu oficio  um fato ele investiga
uma joia rara sumiu do seu batalhão
como o meu anel era muito parecido
ele teve que vim em casa comigo
para minuciosamente fazer a investigação

e para confirmar se eu não escondia o anel
eu tive que tirar toda a minha roupa
mas como nada ele encontrou
sabe o que ele vai fazer amor
na cidade vai a procura de outra

até a dor de cabeça do Chinxa desapareceu
do orgulho da suposta honestidade de Girlambé
para o jovem ele foi e falou:
essa dona é meu orgulho senhor
a maõ no fogo por ele eu ponho se alguém quiser

o moço fez o sinal da cruz
do milagre que ele  viu acontecer
é que no seu intimo ele tinha a convicção
que na quele  dia então
com certeza ele iria morrer

feito um raio ligeiro da casa o moço sumiu
enquanto sorrindo o Chinxa  beijava a esposa
o causo parece até ser mentiroso
mas tem corno que se sente orgulhoso
com esse e outros  tipo de coisa

para não cansar o amigo leitor
o causo aqui vou encurtar
o fim quem tem sentimento sente
o que já sentiu muita gente
tristeza e vontade de chorar

certo dia andando pela cidade
Chinxa Goda com o que viu quase infartou
Viu sua esposa de boca colada
Com o filho do seu  José da estrafda
Que muitas vezes o cabelo do moço cortou

Voltou para o salão e se armou
Pois ele um trinta e oito na cintura
e  foi até os  dois e disse:
rapaz o que tu faz é tolice
cavou hoje a sua sepultura

Essa é minha esposa e você não me respeitou
Infelizmente tenho que te matar
Eu sei que a situação vai ficar feia
Mas eu preso Girlambé na cadeia
Não vai deixar de me  visitar

Matou o caboclo e o cabra foi preso
Na delegacia do delegado Germano
Girlambé não deixava de fazer
Pode amigo acreditar você
O Chinxa ela visitava uma vez por ano!

Tem  cada uma que parece duas
Que  é difícil até de acreditar
Mas independente do caso que for
Para informar ao caro leitor
Não perco tempo para contar!


“Fim”


Poema: O causo do Chinxa  Goda.
Poeta: Jose Severino da silva neto,
Data:  18/01/2013.

Fone para contatos:  ( 55)031 11 69429975.(oi)






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