quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

CIDADE DE UTINGA


                                               ''Cidade de Utinga"                                        







Utinga a tua beleza fascina os meus olhos
me amarro nesse teu jeito simples de ser
povoada de um povo gentil
adereçada pelo céu mais anil
 me orgulho de te conhecer




        nem a distancia que nos separa   
                                                               apaga da minha mente o brilho
                                                                 que resplende da tua cultura
                                                                   da arte da tua formosura
                                                               nada de ti me deixa esquecido
                                                              
                                                      
                                                     
                                                           do sabor da tua água gostosa
nascente na Cabeceira do Rio
Utinga das águas claras
é você de todas da chapada
a mais bela que meus olhos já viu



você um dia perdeu o Bonito
mas não perdeu a tua beleza
que se vê nas matas nos campos
nas praças no entanto
nas beldades da natureza



por Deus tu foi felicitada
a Mariazinha em tu Ele esculpiu
me orgulho de falar de você
tenho saudade até de beber
tua cachaça cabeceira do rio



uma semana de arte e cultura
é só para quem te faz uma visita
pois para  quem em tu reside
para esses tu sempre exibe
tua arte e cultura que fica



tenho saudade das serestas 
que com os amigos ai eu já fiz
tenho saudade das tua praças
do teu povo da tua graça
de você que me faz feliz



não demora logo vou
outra vez te visitar
enquanto isso não acontece
a saudade no meu peito cresce
 e não deixo de ti lembrar



"fim"





Poema: Cidade de Utinga


Poeta: Jose Severino da Silva Neto


Data: 31/01/2013.














quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


                 Meu poema do dia:  "Conto de cangaceiros"

no povoado das Pedrinhas
dona Rufina foi molestada
por  Val filho do prefeitoito
esse por sinal um bom sujeito
a cidade era bem administrada



o delegado seu Julio Bento
rápido prendeu o rapaz malino
o lamento  foi dar ao prefeito
do que o seu filho tina feito
e para cadeia do moço era o destino



seu Fernando que era o prefeito
deu um abraço no delegado pelo que fez
e foi e o seu filho e falou:
que sirva de lição ao senhor
para que nunca faça isso outra vez



o filho do prefeito fez um juramento:
-quando eu voltar da capital
com esse delegado vou  acertar
no meio da praça eu vou lhe matar
por causa desse mal



passou seis anos o moço voltou da cadeia
pediu para o seu pai adiantado a  herança
ele disse que era para ajudar uma entidade
e que estava arrependido da atrocidade
agora era só ajudar crianças



seu Fernando acreditou na conversa do rapaz
e deu a ele a sua parte em dinheiro
o moço que se chama Armando
saiu pelos povoados convidando
quem quisesse com ele ser cangaceiro



Armando com o dinheiro da herança
comprou muito armamento
e gibão de coro para os cangaceiro
da herança gastou todo o dinheiro
para se vingar do delegado Julio Bento



o delegado Julio Bento que não era nada bobo
foi morar em outra cidade bem longe
mas o Armando estava decidido
de pegar o endivideo
não importava para ele a onde



morava no povoado da Laginha
a ex mulher do delegado
Armando e seu cangaço foi até lá
e pediram informações para a  dona Lalá
mas ela disse que lembrar dele nem do passado



no entanto conversa vem conversa vai
a dona Lalá se distraiu
disse: eu não vou contar que ele foi
e levou cinquenta cabeça de boi
para uma  cidade que faz muito frio



a cidade que faz muito frio é o Morro do Chapel
Armando tirou do bolço a carteira
e com um sorriso estampado no rosto
 disse para a dona: eu sei que é pouco
mas já da pra fazer uma feira!



o cangaço se enveredaram para o Morro
mas logo que chegaram tiveram a noticia
destacado o delegado foi para Irecê
foi ele  pra  lá um caso resolver
junto com mais dez polícia



como já era tarde da noite
Armando resolveu passar a noite no Morro
o cangaceiro procurava uma pretendente
foi num barzinho do velho Vicente
que ele conheceu uma dama pra namoro



do lado do bar tinha uma boate para dançar
o armando convidou a moça e perguntou o nome
ela disse: Cris é meu nome seu moço
na mão desse velho eu muito sofro
ele nunca foi meu pai seu homem



Armando ficou vermelho feito um pimentão
e disse para a Cris assim: você quer viver comigo?
 hoje da qui para frente
você não é mais escrava do Vicente
que judiou muito contigo



Armando ele é descarado casado abusou de mim
até aqui eu vivia calada com medo de morrer
mas a partir de hoje eu sou a tua companheira
mas agora sendo eu a sua mulher
eu falo do Vicente o que ele é
um molestador de bacia cheia




Cris vou te mostrar o que  merece
para eu esse tipo de gente
toma essas cincos balas do meu treisz oitão
e vai acertar suas contas lá com o cão
seu maldito descarado  vicente




-Cris eu moro com meu cangaço no ermo
mas o de comer amor e carinho não te deixo faltar
quer entrar no meu cangaço e ser minha senhora?
pra você tem lugar e tem até de sobra
o que você não teve com Vicente prometo te dar


-oxente como eu vou resistir um convite desse
vou com você para qualquer lugar que tiver que ir
me de uma cartucheira para me armar
pois a gente não sabe o que vai encontrar
tem uns cangaceiros por aqui



mas não demorou muito o delegado Julio Bento
ficou sabendo do cangaço doseu rival o  Armando
arrumou as trouxas e se picou para Jacobina
ele sábia que a morte seria a sua sina
 se desse de frente com estava te procurando



o Armando estaca desposto a pegar o delegado
nem que fosse no inferno
ele dizia para o seu cangaço:
-esse velho cabruncu um dia eu acho
nem que seja num cemitério



e o cangaço partiu para Jacobina
e Cris inflamada para vingar a cadeia de Armando
só que ela não sábia o que aconteceu
porque o delegado o moço prendeu
mas independente ele o moço  estava amando



no meio da viagem tiveram uma surpresa
foram surpreendidos pelas polícia de Salvador
e não era pouca polícia no caminho que passava
pararam eles e queria quem explicava
de alguém para ser  defensor



Cris deu explicação para os policiais
ela disse que eles estavam indo para a mata caçar
e o lugar era perigoso de mais
disse que antes de ontem  morreu dois rapaz
vitimas de Tamanduá



 os policiais empenhados na operação "Carcará"
liberaram o cangaço para fazerem a suposta caçada
de repente se ouve um gemido
era a dona Cris que o Armando era marido
de uma Jararaca a dona foi picada



o Armando pois ela no seu cavalo
e voltou para o Morro do Chapel ligiro
foi certinho em um hospital de plantão
que rápido já deu  solução
e não gastou nem um dinheiro



mas a memória do Armando era boa
reconheceu que uma enfermeira era
filha do dito delegado
ele puxou ela de lado
e perguntou- :seu nome não é Vera?



a moça pensando que era um elogio
confirmou seu nome para o Armando
que pegou ela pelos braços
e com uma corda fez um laço
que no cavalo saiu disparando



encontrou com o cangaço que o aguardava
e continuaram para Jacobina
o endereço do delegado
já estava confirmado
quem iria dar era do Bento a menina



Cris gemia de muita dor da picada da peçonhenta
Armando parava o cangaço para descansar
num vacilo num descuidado
deixam  filha do delegado
do nada escapar



a Vera sábia bem cortar caminho
chegou em casa contou tudo para o pai
seu Julho Bento tomou a decisão
pediu para o coronel Murilo por em ordem seu batalhão
e enfrentar o tal rapaz



para preservar a vida de Cris
Armando entocou ela bem escondida na mata
pegou seu cangaço e foi pra cima
lutou com a polícia de Jacobina
e pegou Julho Bento pela gravata



e disse para o delegado:-
um dia você me pois na cadeia
lugar triste de mais e sofredor
hoje minha vingança chegou
com tu vou fazer coisa feia



_Tertulino  vem cer o que faz
com quem não da perdão
primeiro da um tiro no maxilar
para o cabra deixar de falar
depois um tiro em cada mão



o cangaço de Armando venceu o batalhão
de Murilo um coronel militar
cortou a cabeça do delegado e pois numa bandeja
e disse para o cangaço: isso é para que vocês vejam
o destino de quem querer me atrasar



-a vingança foi cobrada vamos ver Cris
saíram em disparadas em seus cavalos
ligeiro para onde a Cris estava
mas encontraram a moça deitada
com seu par de olhos fechados



fria como o inverno faz ser
morta da picada da cobra
nem só o Armando mas a companhia inteira
disparou numa choradeira
de saudade da linda senhora



Armando descobriu um santo mas cobriu outro
reuniu todos do seu cangaço
e disse que sua missão estava cumprida
nomeou o seu barriga
e disse:-você faz o que eu faço



vai avante com esse cangaço
que eu vou cuidar dos meus velhos queridos
vai cobrar a sua vingança
que eu fico na esperança
de um dia rever o amigo!



"fim"




Poema:  "Contos de cangaceiros"


Data:30/01/2013.



contato:(55) 11 031 969429975(oi)

domingo, 27 de janeiro de 2013

Meu comentário do dia:    "Poeta brinca com as letras com amor".




Pensando no cotidiano da vida nessa grande metrópole  que é São Paulo que,   tive a ideia de criar um blog que, pudesse trazer um pouco de um jeito cômico. contos, causos em poemas , para um publico tanto do norte, nordeste como do sul e sudeste. A cultura poética exposta na mídia, na atualidade, tem me deixado estarrecido. Todavia quando  ouvimos e nos deparamos com  essa  cultura apologética,eu vejo um  comprometimento muito sério com o futuro da   nossa nação.
Em modesta parte, eu tenho uma opinião formada concernente as musicas que fazem apologia a violência, a prostituição até mesmo ao suicídio; Acho um horror essa musicas sem conteúdo cultural que ensina os nossos filhos, a enveredarem numa suposta cultura,tão  raquíticas. Mas por serem ritmadas  ainda que com um estrupício de letras nas musicas , são consideradas cultura do nosso país.Imaginemos juntos se estivessem vivos Tom Jobim, Tim Maia, Elis Regina e  tantos outros artista de uma cultura rica em todas as áreas,qual seria o comentário deles inerente o que é tocado nas rádios ,televisão e internet. Partículamente   não quero aqui por palavras na boca de quem já está em memória; Mas arrisco que todos eles como eu e  muitos artistas, apegado a uma cultura sem apologia a tantas barbaridades, estariam decepcionados com o que estamos vendo não só aqui em São Paulo, como por todo o mundo.             
Gostaria que todas poetas de uma cultura rica em conteúdos que traz a lembrança das coisas boas da terra terra,não deixassem de sempre acessar o BLOG DO ZÉZINHO DE UTINGA e postar seus comentários  e sugestões para aprimorarmos mais o blog que tem um objetivo: Não deixar a cultura Pé de serra ser esquecida pela a cultura truculenta que está influênciando,   os nossos filhos a não amar o seu próximo e sim a  odiar , como xingar  a polícia, arrasar com a moral das mulheres, incentivar crianças e jovens a entrar na vida do crime e  viciar nas drogas; Que droga!         

sábado, 26 de janeiro de 2013

Meu poema do dia: "Um causo no Cambuci"




Aconteceu no Cambucí
um réprepré um fuzuê
dois contadores de história
caso passado trouxeram a memória
o que era bom não acontecer


assunte só velho Biro
o finado compadre louro
até os seus noventa anos
com  raparigas debaixo dos panos
o danado ainda dava no coro


 tu não lembra da filha do velho Tião
que Deus o tenha mas não da pra esquecer
um caso que até o delegado Messias
levou o velho para a delegacia
para o caso o velho Louro esclarecer


o que a filha do velho Tião
estava fazendo nua na cama do Louro
Tu não acha que o velho não fazia nada
pois a mocetona era afamada
na cidade como a rainha do coro


Léo quem não sabe rezar xinga a Deus
tu não lembra que o velho Louro era bom sujeito
na quela época  dele fizeram muita infâmia
oxente ele liderava era a campanha
para de Uringa ser o prefeito


tanto é verdade o que eu conto
que o caso da filha do Tião foi resolvido
a rapariga só queria aproveitar
foi o adversário do Louro que pagou pra ela ir lá
foi ela que confessou  para o delegado você tá esquecido


do finado Louro a fama de bom de coro
foi o Zé Gordinho que inventou como pilera 
o Zé nem imaginava no que iria dar
que no Louro o apelido iria pegar
o Zé arrependido foi pra debaixo da terra


eles tinham uma amizade desde de criança
taqui o Duda que não deixa eu mentir
Duda não é verdade que para onde um ia
tanto fosse noite como dia
juntos faziam questão de ir?


Léo quando o Louro beneficiava o povoado
tu ainda era um  menor de idade
tá aqui meu compadre Joaquim
que lembra de tudo tim tim por tim tim
tudo que o Louro fez pela cidade


seu Juca me de outra cabeçeira
estou começando a gostar da prosa
compadre Biro é essa é  a vista
ou pendura na lista
e tu me paga outra hora?


essa é a vista já eu te passo o trocado
e o que tu me diz Léo do velho Tião
não esqueço de quando eu ainda era guri
de quando ele trabalhou por aqui
e tenho muita recordação


me perdoe compadre Léo se vai te magoar
é que eu me recordo direitinho
tava eu e o Piu de dona Dedé
quando nós vimos a sua ex mulher
despida junta com o Tião peladinho


foi lá no tanque do finado Juliano
o que tu acha que os dois tava fazendo
de traz de uma moita nós escondidinho
via e ouvia tudo direitinho
os dois na livusia se agarrados e gemendo


o que posso te responder  
é que de fato o fato aconteceu
mas tu não pode esquecer da sentinela
no mesmo dia do Tião  e dela
que de chumbo cada um morreu


nesse tempo o delegado era o finado meu pai
o doutor Raimundo Silva Castanheira Grito
que era conhecido por toda a região
como um cabra de disposição
muito macho e  destemido


mas mesmo sendo ele meu pai
o velho mandou me prender
me disse: Olha aqui meu cidadão
não foi essa a educação
que eu ensinei pra você


como um ato de respeito a justiça
o juiz Marivaldo vai te julgar
mas como ele é candidato a prefeito
é bem provável que o sujeito
ainda hoje te da o  o alvará


do jeito que painho disse aconteceu
o doutor Marivaldo veio  até a mim
e me deu o numero da sua chapa
e me  disse: Agora você faça
uma boa campanha pra mim



pois agora Biro essa você vai ter que ouvi
um segredo guardado a sete chaves
pois como tu fez questão de de lembrar
o que fez me envergonhar
hoje eu conto o que tu não sabe


tu lembra da casa de farinha do velho Nenê
se esqueceu  agora vai lembrar
a tua senhora a dona Tertolina
a filha do seu Artur e Dalina
que do Bolito imigraram pra cá


pois assunte só o caso que aconteceu
tu lembra do Zé Mará o comerciante
a quele da fazenda "Céu Estrelado"
o cabra até parecia ser encantado
de muitas donas ele foi amante


está aqui Netinho que comigo viu
a gente batia jaca na roça do seu Amado
bem a onde com a roça de Luiz faz esquina
a gente viu seu Zé Mará com Tertolína 
do jeitinho que nasceram abraçados


só que o velho Zé  viu a gente
se vestiu e pediu para nós segredo
mandou embora sua  Tertolina
e para a gente o gente fina
deu um bocado de dinheiro


compadre Léo aí você foi longe de mais
como um corno tu me desmoralizou
e sendo você o meu melhor amigo
a tanto tempo contigo
esse segredo tu nunca  contou


agora eu peço licença ao velho Juca
o dono dessa birosca
para todos se retirar
que com tu vou me enformar
dessa dita feia prosa


se o velho Louro era bom de coro
para nós já não mais intereça
compadre Léo agora vou te surpreender
que bom de coro pra valer
é a tua mulher dona Vera


já faz tempo que a gente faz chamego
  longe da qui lá pra fora
pois ela me queixou
que você já brochou
que faz tempo que não namora


compadre Biro com tua mulher não te traí
como foi que tu foi fazer isso comigo
então deixa pra lá o velho Louro
segura o que sai desse pau de fogo
e adeus meu  grande inimigo  


compadre Léo olha você pra cá
eu ainda não tombei no chão
hoje aqui na nossa cidade
não vou só para a eternidade
segura as balas do meu oitão


e assim no Cambuí aconteceu
numa noite teve duas sentinelas
duas viúvas ficaram chorando
e o povoado comentando
quem é que iria  casar com elas?


não me pergunte quem me contou
esse conto que relatei 
só posso ao amigo afirmar
que do jeitinho que vieram me contar
pra você o conto contei!



"fim"
                   



Poema:  Um causo no Cambucí.

poeta: Jose Severino da Silva Neto.

Data: 04/05/2012.



Fone de contato: (55) 11 031  11 969429975(oi).                                                                                              


                   

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

"AMIZADE NÃO TEM PREÇO"

Valorize  suas amizades...ter amigos faz a vida ficar  bem melhor


Amizade é uma coisa tão valorosa
ela brota do fundo do coração
quem a tem não quer perder
ao contrário quer mais ter
não quer ficar na solidão


a solidão desfigura o ser humano
já a amizade é um adereço pra vida
quem vive sem ter amigo
viver já nem faz sentido
é desse a solidão amiga


 amizade não é tão fácil de  conquistar
como é tão fácil de perder
se deixarmos de cultivar com o amor
rápido como perece uma flor
ela vai embora e a gente nem vê


como é tristonho a gente fazer amizade
e de repente a morte apagar
o que a gente escreveu com carinho
dói como dói no passarinho
o corte das asas e não poder mais voar


por favor não briga com meu amigo
para que eu não venha entristecer
pois o meu amigo é meu irmão
é de muita estimação
e eu não quero ficar de mal com você


se o mundo cultivasse mais a amizade
a paz predominava na terra
mas enquanto alguém tem rancor
que não sabe o que é o amor
o mundo vai vivendo em guerra


mas quem tem amigo vive em paz
tem com quem compartilhar a vida
na hora que o perigo aparece
o bom amigo nunca esquece
de mostrar para a gente uma saída


quem tem amigo não tem nada a perder
ao contrário só tem a ganhar
se um cai de tombo no chão
o amigo vem com sua mão
e da força para o caído  levantar


amizade nasce como uma canção
tão simples que da gosto de ver
não tem preço para  comprar
também posso afirmar
não tem preço para vender


quem vendeu a amizade do amigo
deprimido  então se matou
não refletiu antes da loucura
é certo que essa tal criatura
não cultivava a amizade com amor


ontem fiz uma nova amizade
parece até uma amizade antiga 
o seu nome é fácil de gravar
pois apareei com seu lugar
é a Josiane da cidade: Passira!


amigo amiga amigos
a amizade não quero perder
se tem alguém que não tem
um amigo que queira seu bem
seu amigo estou pronto pra ser


não vendo minhas amizades por nada
meus amigos não barganha  favor
não pode existir falsídade 
amigo que é amigo de verdade
feliz é quem o encontrou!




                                                                          "FIM"                                                                                                                                 







Poema: Amizade não tem preço.

Poeta: Jose Severino da Silva Neto.

Data: 25/01/2013.


















Meu poema do dia:  "A saudade dói "



Moço minha vida virou um estrupício 
depois que Nininha partiu
na vereda da saudade e da lembrança
nelas tem sido a minha andança
para onde ela foi ninguém sabe ninguém viu


já postei cartas para a parentela dela
mas ninguém se quer respondeu
feitinho um relâmpago nas trovoadas
igualsinho um tiro de espingarda
Nininha de casa desapareceu


de porta em porta no povoado
não teve casa que não visitei
a resposta foi de todas a mesma
para  aumenta a minha tristeza
responderam: Lunga eu não sei!


feitinho um pássaro sem asas para voar
também fiquei cidadão
minha mioleira  deu um avexamento
meu coração disparou os batimentos
desnorteado me piquei pro Matão


o Matão é o povoado  onde ela nasceu
de estrada caminhei uma légua
na esperança de encontrar a Nininha
pois para arrasar a vida minha
ninguém deu noticia dela


fui a procura do delegado Martins
e na delegacia  a queixa registrou eu
do sumiço da minha senhora
que por sinal fazia poucas horas
 que de casa desapareceu


Nininha era boa de mais para eu
não ausentava no carinho no amor
se a minha vida é ela um jardim
Nininha etão foi pra mim
desse jardim a mais bela flor


não tem como meus olhos não marejar
quando me vem dela a lembrança
pois no povoado Pau queimado
eu e ela foi criado
desde quando a gente era criança


Não sei se o senhor já sentiu saudade
de alguém que você muito amou
feito um rio sem peixe pra pescar
como um passarinho sem asas pra voar
eu e você assim ficou


não lamento saudade de um falecido 
por infelicidade  de quem desapareceu 
encucado matutando começo a pensar    
o que deixei para Nininha de dar
para dar nesse caso   que deu


sempre dei do bom e do melhor
não faltei no carinho no amor
também não deixei de dar respeito
então qual o motivo desse feito
que Nininha para eu ocasionou


se a saudade matasse  alguém
esse caboclo já era finado
ela não mata mas maltrata a gente
a cabrunca nem pena sente
dos que ela deixa machucado


eu sonho acordado com Nininha
e dormindo só sonho com ela
já pedi para Deus fazer
se é para eu tanto sofrer
por favor que Ele me leva


a solidão causa a maior dor do mundo
não desejo ela nem para meu inimigo
o cabra fica desmantelado
vem um choro desenfreado
assim acontece comigo


o caso do causo que lamento
me arrepia as costelas mas vou contar
de Nininha eu sei o paradeiro
eu peço até de joelho
para o moço de mim não arreliar


fui gaiado por o meu  compadre João
que é padrinho do meu filho Léo
desejar mal não desejo não
mas o preço dessa  traição
os dois vão acertar com o juiz do céu


eu tento esquecer essa desgraça
mas confesso que não consigo não
já fiz promessa para a virgem Maria
também fiz para a santa Luzia
e não deixei de fazer para São João


se de Nininha eu conseguir esquecer
pois pelo feito pela graça
descalço com os pés no chão
vou caminhar pelo estradão
de casa até  Bom Jesus da Lapa


já me esbarrei no compadre João
até pensei em me vingar
mas lembrei  do meu filho Léo
e tive medo de Deus do céu
então deixei o caso pra lá


também já me esbarrei em Nininha
e quase que nela eu dava um abraço
vendo a beldade com quem me casei
mas no entanto logo lembrei
que de nós foi desmanchado o laço


o amor meu por ela é tão imenso
que não tem nada para comparar
eu confesso que se ela decidisse
de desfazer dessa tolice
eu aceitava ele para casa voltar


mas enquanto isso não acontece
vou deixando a vida me levar
destino eu não sei  não
mas eu creio que um dia então
de Nininha não vou mais lembrar


obrigado seu moço que me escultou
mas agora eu tenho que ir labutar
lá na roça que eu plantei
e quem sabe um dia não sei
Nininha resolve para os meus braços voltar.





"FIM"                                                                                                                   





Poema: A saudade dói.

Poeta: Jose Severino da Silva Neto.

Data: 24/01/2013.


terça-feira, 22 de janeiro de 2013




MEU POEMA DO DIA:     "O CONTO QUE ME CONTARAM"




Tem cabra que conta um conto
que da gosto de escutar
mas tem conta  mal contado
com muito ponto acrescentado
que o contador chega a se envermelhar


o conto que eu vou contar pra você
quem me contou não vou contar   
é o conto do causo do zé da cabra
que nas catingas do sertão morava
que fofoca gostava de contar


numa casa de pal a pique 
com a dona Bela ele morava
mas na sede da sua cidade
o Zé não falava a verdade
outra coisa ele contava


contava que era fazendeiro
e que morava numa imensa mansão
e que só ia  pra a feira esfarrapado
na esperteza do cuidado
do mal olhado e do ladrão


mas do Zé a mentira não era o  forte
nem o Nelson Rubens da televisão
 de fofoca é tão atualizado
feito o zé que era diplomado
na escola de fofocas do sertão


a língua do cabra era mais afiada
do que faca amolada de açougueiro
a boca era feito uma matraca
bastava ouvir uma coisa de nada
que era motivo de espalhar ligeiro


dona Zuleica  já avançada de idade
viúva do velho conhecido Agenor
certa vez proseava com Duda o prefeito
veja só a audácia desse sujeito  
disse que viu os dois fazendo amor


o boato percorreu por toda região
que deixou muita gente assombrada     
quando chegou a  Zuleica o conhecimento
foi triste  foi um lamento  
a velha morreu infartada


o povo quando via o Zé
logo trancava a boca 
pois quem não se policiava
de um til ele  montava
uma história até muito louca


quem quisesse  dar um recado a alguém
era só pedir para o Zé não falar
ligeiro feito um tiro de espingarda
uma fofoca ele criava
e ia para esse alguém contar


quando o seu Moraes foi prefeito
ele não teve jeito para não renunciar
pois a fofoca que fez a criatura
levou a cidade  para a porta da prefeitura
pra de porrete o Moraes o povo matar


o caso foi mais ou menos assim:
o Moraes já de família era religioso pra dana
não deixava de ir a uma missa
um dia por sinal deu preguiça
e resolveu em casa ficar


dona  Maroca esposa do seu Moraes
viajava com a sua filha Marineis
em casa ficou Moraes e a empregada
a Betânia que era filha de Amada
Olha a fofoca que o cabra  fez


foi até a câmera  de vereador da cidade
e pediu um minuto para falar
foi até a tribuna e assim falou:
o prefeito eu vi ele estuprou 
a filha de Amada e do seu Dada


o grupo de vereadores na época
do Moraes era maioria oposição
alguém do plenário alto falou:
é esse o homem que a gente confiou
para da cidade fazer a administração?


de repente  a confusão foi  montada 
 o povo foi para as ruas e protestou 
pediram para o prefeito renunciar
caso contrário cedo ele iria visitar
sua bisavó e também bisavô  


 seu Moraes de tanta opressão do povo
escoltado foi para a câmera de vereador
e ali se sentindo acoado
não teve jeito o coitado
do cargo de prefeito renunciou


quando veio saber da história
quem foi o dela o autor 
infelismenti  já era tarde
do que foi até hoje não se sabe
mas para o além a morte o levou


o porque do apelido Zé da cabra
creio que nem preciso contar
é isso mesmo caro amigo leitor
do jeitinho que você pensou
com as cabras ele gostava de brincar   



queria ver o Zé ficar nervoso
era só tocar no assunto da cabra
endoidecia de um jeito maluco
pedia para não tocar nesse assunto
vermelho feito pimentão ficava


certa vez na venda do seu Bento
o Zé criou uma confusão
inventou que a donzela Firmina
filha do seu Bento a menina
saia com o padeiro seu João


seu Bento se armou com um pal de fogo 
e pegou o Zé da cabra pelo o colarinho
e disse alto para o  povo  escutar: 
o velho João eu vou matar
mas para o inferno ele não vai sozinho


vendo a morte de perto o Zé
para o seu Bento ligeiro falou:
 se eu soubesse eu não contaria
a minha piada do dia
que a minha mioleira inventou


seu Bento que não gostou da piada
apontou o pau de fogo na cara do Zé
e falou até num tom baixo:
o Zé hoje eu só não te  mato
considerando dona Bela a sua mulher


mas deu um chute na traseira do cabra
que quase fez o danado voar
a partir da quele dia
nem do Bento e nem da  filha
não queria dos dois lembrar 


bobo é quem pensa que ele parou de fofocar
não deu nem dois dias que do Bento apanhou
que do seu Berlamino o pipoqueiro
o filho do finado Alfredo
uma fofoca para o povo contou


disse que viu Belarmino sozinho
entrando no mato puxando uma vaca
quando Belarmino ficou sabendo
atrais do Zé foi ele  correndo
com raiva e na mão uma faca


ainda correndo pelo o estradão
Belarmino deu de frente com o Zé
pegou pela camisa do moço
e deslisou  a faca no cabra no pescoço
e disse que ia pra ele mostrar como é


que se fazia com  cabra fuxiqueiro
o Zé  tremia feito taquara com o vento
desesperado passou a chorar
de medo ele foi  até se lembrar
do caso dele que se deu com o seu Bento


a sorte dele foi que o delegado Justino
 ia passando bem na quela  hora
o Belarmino com medo da prisão
soltou rápido o tal cidadão
e jogou também a faca fora


feito relâmpago que passa nas trovoadas
 do mesmo jeitinho fez  o Zé
disse ele para ele mesmo correndo:
a inda bem que estou acendendo
velas para o meu santo com fé!


 num vacilo num descuidado
certa vez dona Bela flagrou 
o fuxiqueiro brincando com uma cabra
deu motivo para dona Bela sair de casa
que  nem o endereço pra ele deixou


o boato percorreu por toda cidade
que o zé da cabra na sua casa se trancou
deprimido o cabra morreu
para onde foi não sei eu
assim esse causo alguém me contou.




"fim"


Poema: O causo que me contaram.

poeta: Jose severino da silva  neto.

Data: 22/01/2013.


Contato: 031 11 69429975

domingo, 20 de janeiro de 2013





                                       


Meu  poema do dia:  vendaval.




um vento tempestuoso
passou aqui  e deixou seu rasto
seu rasto rasto patrimônios
desfez planos e sonhos
fez ele aqui um arruaço


patrimônio tombado tombou
fez os meus olhos marejar
quando vi a arvore tombada na praça
quando vi meu povo triste sem graça
do vendaval que fez arrastar


arrastou do povo o sorriso do rosto
arrastou da cidade o cotidiano
arrastou o que não deveria arrastar
passou onde não devia passar
mexeu com o coração do baiano


o leiteiro deixo de ir tirar o leite
o carro do gás deixo de passar
no rio debaixo da ponte da estrada
desgostosas a mulherada
roupa suja deixaram  de  lavar


de onde veio para onde foi já não interessa
o melhor era não ter por aqui passado
o lamento do povo que ainda sofre
que pergunta como é que pode
esse passar sem ser convidado  


ciente sou que foi obra da natureza
que Deus deu para acontecer a permissão
mas não me aqueto de falar
que o vendaval por aqui passar
do homem tem a parte da sua mão


ambicioso para ganhar dinheiro
desmata as matas faz carvão
pouco se importa com o futuro
para esses o que interessa é o lucro
extinguir o oxigênio não se importam não


vendaval quem te comprou para passar aqui
só não vou te desconjurar
porque culpado você não é da ação  
mas aproveitando a ocasião
por favor por aqui não vem mais passar


chorou Rute, chorou Dito, chorou João
chorou Carmélia,chorou Bento, chorou Rosa
chorou Cambuí, chorou Laginha,chorou Santa Luzia
chorou Firmino, chorou Pedro, chorou Maria
chorou Ponte de tabua, também chorou Lagoa nova


vento ventania vendaval
o que resta é refazer o  estragado
se poder por gentileza pesso ao senhor
se não é de mais me faça o favor 
quando passar não passe por esse lado


o violeiro que de noitinha toca na praça
nos últimos dias deixo de tocar
até os mancebos e as donzelas daqui
por sinal esses dias não vi
pela praça para poder namorar


 mas o mundo não acabou
 no filme da vida continuo a contracenar   
com os personagens sonhos e esperança
no filme "minha vitoria é sem vingança"
porque eu  sei a onde quero chegar


vou seguindo almejando um bom futuro
e o passado vou deixando para traz
é certo  que no filme da vida
as marcas das indesejáveis  feridas
sem mesmo eu querer comigo vai


Utinga pátria mãe do meu coração
de longe choro contigo essa dor
 não demora muito tempo
como passou  forte ai  um vento
logo piso no teu chão com meus pé caminhador




                                                                                                          "fim"







Poema: Vendaval.
  
 
Poeta: Jose severino da silva neto.

Data: 21/01/2013.