Meu poema do dia: "Conto de cangaceiros"
no povoado das Pedrinhas
dona Rufina foi molestada
por Val filho do prefeitoito
esse por sinal um bom sujeito
a cidade era bem administrada
o delegado seu Julio Bento
rápido prendeu o rapaz malino
o lamento foi dar ao prefeito
do que o seu filho tina feito
e para cadeia do moço era o destino
seu Fernando que era o prefeito
deu um abraço no delegado pelo que fez
e foi e o seu filho e falou:
que sirva de lição ao senhor
para que nunca faça isso outra vez
o filho do prefeito fez um juramento:
-quando eu voltar da capital
com esse delegado vou acertar
no meio da praça eu vou lhe matar
por causa desse mal
passou seis anos o moço voltou da cadeia
pediu para o seu pai adiantado a herança
ele disse que era para ajudar uma entidade
e que estava arrependido da atrocidade
agora era só ajudar crianças
seu Fernando acreditou na conversa do rapaz
e deu a ele a sua parte em dinheiro
o moço que se chama Armando
saiu pelos povoados convidando
quem quisesse com ele ser cangaceiro
Armando com o dinheiro da herança
comprou muito armamento
e gibão de coro para os cangaceiro
da herança gastou todo o dinheiro
para se vingar do delegado Julio Bento
o delegado Julio Bento que não era nada bobo
foi morar em outra cidade bem longe
mas o Armando estava decidido
de pegar o endivideo
não importava para ele a onde
morava no povoado da Laginha
a ex mulher do delegado
Armando e seu cangaço foi até lá
e pediram informações para a dona Lalá
mas ela disse que lembrar dele nem do passado
no entanto conversa vem conversa vai
a dona Lalá se distraiu
disse: eu não vou contar que ele foi
e levou cinquenta cabeça de boi
para uma cidade que faz muito frio
a cidade que faz muito frio é o Morro do Chapel
Armando tirou do bolço a carteira
e com um sorriso estampado no rosto
disse para a dona: eu sei que é pouco
mas já da pra fazer uma feira!
o cangaço se enveredaram para o Morro
mas logo que chegaram tiveram a noticia
destacado o delegado foi para Irecê
foi ele pra lá um caso resolver
junto com mais dez polícia
como já era tarde da noite
Armando resolveu passar a noite no Morro
o cangaceiro procurava uma pretendente
foi num barzinho do velho Vicente
que ele conheceu uma dama pra namoro
do lado do bar tinha uma boate para dançar
o armando convidou a moça e perguntou o nome
ela disse: Cris é meu nome seu moço
na mão desse velho eu muito sofro
ele nunca foi meu pai seu homem
Armando ficou vermelho feito um pimentão
e disse para a Cris assim: você quer viver comigo?
hoje da qui para frente
você não é mais escrava do Vicente
que judiou muito contigo
Armando ele é descarado casado abusou de mim
até aqui eu vivia calada com medo de morrer
mas a partir de hoje eu sou a tua companheira
mas agora sendo eu a sua mulher
eu falo do Vicente o que ele é
um molestador de bacia cheia
Cris vou te mostrar o que merece
para eu esse tipo de gente
toma essas cincos balas do meu treisz oitão
e vai acertar suas contas lá com o cão
seu maldito descarado vicente
-Cris eu moro com meu cangaço no ermo
mas o de comer amor e carinho não te deixo faltar
quer entrar no meu cangaço e ser minha senhora?
pra você tem lugar e tem até de sobra
o que você não teve com Vicente prometo te dar
-oxente como eu vou resistir um convite desse
vou com você para qualquer lugar que tiver que ir
me de uma cartucheira para me armar
pois a gente não sabe o que vai encontrar
tem uns cangaceiros por aqui
mas não demorou muito o delegado Julio Bento
ficou sabendo do cangaço doseu rival o Armando
arrumou as trouxas e se picou para Jacobina
ele sábia que a morte seria a sua sina
se desse de frente com estava te procurando
o Armando estaca desposto a pegar o delegado
nem que fosse no inferno
ele dizia para o seu cangaço:
-esse velho cabruncu um dia eu acho
nem que seja num cemitério
e o cangaço partiu para Jacobina
e Cris inflamada para vingar a cadeia de Armando
só que ela não sábia o que aconteceu
porque o delegado o moço prendeu
mas independente ele o moço estava amando
no meio da viagem tiveram uma surpresa
foram surpreendidos pelas polícia de Salvador
e não era pouca polícia no caminho que passava
pararam eles e queria quem explicava
de alguém para ser defensor
Cris deu explicação para os policiais
ela disse que eles estavam indo para a mata caçar
e o lugar era perigoso de mais
disse que antes de ontem morreu dois rapaz
vitimas de Tamanduá
os policiais empenhados na operação "Carcará"
liberaram o cangaço para fazerem a suposta caçada
de repente se ouve um gemido
era a dona Cris que o Armando era marido
de uma Jararaca a dona foi picada
o Armando pois ela no seu cavalo
e voltou para o Morro do Chapel ligiro
foi certinho em um hospital de plantão
que rápido já deu solução
e não gastou nem um dinheiro
mas a memória do Armando era boa
reconheceu que uma enfermeira era
filha do dito delegado
ele puxou ela de lado
e perguntou- :seu nome não é Vera?
a moça pensando que era um elogio
confirmou seu nome para o Armando
que pegou ela pelos braços
e com uma corda fez um laço
que no cavalo saiu disparando
encontrou com o cangaço que o aguardava
e continuaram para Jacobina
o endereço do delegado
já estava confirmado
quem iria dar era do Bento a menina
Cris gemia de muita dor da picada da peçonhenta
Armando parava o cangaço para descansar
num vacilo num descuidado
deixam filha do delegado
do nada escapar
a Vera sábia bem cortar caminho
chegou em casa contou tudo para o pai
seu Julho Bento tomou a decisão
pediu para o coronel Murilo por em ordem seu batalhão
e enfrentar o tal rapaz
para preservar a vida de Cris
Armando entocou ela bem escondida na mata
pegou seu cangaço e foi pra cima
lutou com a polícia de Jacobina
e pegou Julho Bento pela gravata
e disse para o delegado:-
um dia você me pois na cadeia
lugar triste de mais e sofredor
hoje minha vingança chegou
com tu vou fazer coisa feia
_Tertulino vem cer o que faz
com quem não da perdão
primeiro da um tiro no maxilar
para o cabra deixar de falar
depois um tiro em cada mão
o cangaço de Armando venceu o batalhão
de Murilo um coronel militar
cortou a cabeça do delegado e pois numa bandeja
e disse para o cangaço: isso é para que vocês vejam
o destino de quem querer me atrasar
-a vingança foi cobrada vamos ver Cris
saíram em disparadas em seus cavalos
ligeiro para onde a Cris estava
mas encontraram a moça deitada
com seu par de olhos fechados
fria como o inverno faz ser
morta da picada da cobra
nem só o Armando mas a companhia inteira
disparou numa choradeira
de saudade da linda senhora
Armando descobriu um santo mas cobriu outro
reuniu todos do seu cangaço
e disse que sua missão estava cumprida
nomeou o seu barriga
e disse:-você faz o que eu faço
vai avante com esse cangaço
que eu vou cuidar dos meus velhos queridos
vai cobrar a sua vingança
que eu fico na esperança
de um dia rever o amigo!
"fim"
Poema: "Contos de cangaceiros"
Data:30/01/2013.
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