O NORTE E NORDESTE PRECISAM DE ATENÇÃO
O norte e o nordeste é castigado
por falta d´agua e sequidão
e por uns homens de Brasília
que esquecem que lá precisa
de investimento e atenção
o gado magro não tem pasto para comer
com as fontes secas sertaneja roupa não vai lavar
se não cai chuva do céu
como pode meu coronel
sertanejo roça poder plantar
concordo em não omiti a violência
mas repudio em não mostrar a realidade
do norte e nordeste o que mais vejo na TV
é lindas praias cachoeiras de encantar quem vê
sempre na capital de lá de uma cidade
para se ter ideia do grau do esquecimento
não são poucos agrestes que não tem luz e água
o povo nordestino seu menino é desvalido
dos lobos que de ovelhas seguem vestidos
olha seu moço me vem no rosto lagrimas de mágoa
mágoa de uma elite extremamente hipócrita
que tem coração mais duro que pedra
que não tem sentimento só tem amor ao dinheiro
infames ainda dizem ser brasileiros
fazem de nós como se fossemos cobra cega
não posso escrever o que me agrada para agradar outros
como poeta a transparência tem que estar na minha alma
escrevo romantismo aventura mas criatura é meu feito protestar
é justo não me faltar o pão enquanto meu irmão não ter o que mastigar
é justo eu ter afeto pelos de perto e pelos de longe me calar
o poeta já passou na pele o que escreve caro leitor
conhece o que é matar a fome só com farinha seca
comer palma recortada preparada para complementar o de comer
o poeta já passou a fissura de água barrenta ter que beber
anelo que os nordestino seu menino que aqui de lá não esqueça
ha chuva que cai por aqui cai por lá também
molha a terra seca faz o verde ressurgir
enche os tanques as cacimbas pra água nas moringas ter
para o povo e os animais não mais ficar sem água pra beber
ó chuva abençoada vai naquelas quebradas também cair
pra vocês que vê tudo e ficam parados
deixem o Senhor quebrantar seus corações
o povo de lá também é gente como a gente tem direitos iguais
porque tanta truculência violência já é de mais
investe no nordeste e por um pouco esquece em grandes construções
ainda tem quem vem e faz um cartão postal
com um velho pitando cachimbo debruçado na janela
quem vê a foto se deslumbra e acha bonito
nem imagina que o velho do pito
é mais um dos que sofre com a seca da terra
lá tem moça que lava roupa léguas longe de casa
sai de casa antes do dia amanhecer
vai no caçuá que o jegue leva farofa com rapadura
ela vai de pé tocando o jegue tocando mula
a sertaneja não tem tanquinho de roupa pra bater
nas grotas nas catingas nas quebradas dos sertões
bem no fundo do mundo do norte e nordeste
ainda vive o que por aqui já vivemos a muito tempo atraz
comprar pela internet do celular ser tiete lá ainda não faz
pois o Estado dos judiados de lá esquece
mas um dia essa história vai mudar
e o povo de lá vai dar valor
cada gente que hoje sofre lá eu juro
que nas eleições com os votos no futuro
vão escrever uma nova história meu senhor
não vai ter desigualdade fome não vai ter não
a renda do país vai ser bem distribuída
o norte e nordeste vai ser diferente
o norte e o nordeste minha gente
uma nova história pelo mundo vai ser lida !
"FIM"
Poesia : Terra seca.
Poeta : Jose severino da silva neto.
Data : 02-05-2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário